segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CENAS DE UM HERÓI SEM CARÁTER PARA UMA PEDAGOGIA ENGAJADA


O Grupo Teatral Boiúna Luna nasceu do Projeto Teatro Pedagógico que tem o objetivo de formar educadores que valorizem a sensibilidade, a criatividade, a alegria, a troca e a pesquisa, como nas palavras de Paulo Freire: “A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria” (1996:16). Portanto, busca reunir pessoas que estejam preenchidos pela vontade de fazer arte, de se expressar liberando a criatividade, mas que também tenham ideais de desenvolvimento ético na sociedade. Esse grupo é formado na procura por uma transformação do pensamento comum de que o ato de “levar vantagem” não implica em prejuízo. Falamos de custos dos valores morais e éticos. Em síntese, o objetivo deste projeto é a formação e manutenção de um grupo teatral acadêmico e engajado, que se propõe a discutir e desenvolver o papel do educador na sociedade por meio do fazer artístico.
Nesse intento, nossa primeira encenação, tem como base a obra Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1970), objetivando provocar reações na percepção daqueles que subtraem migalhas e não percebem que deixam déficits morais para si e para a sociedade.
A partir de pressupostos encontrados em autores tais como Fischer (1971) e Rosenfeld (2004), e procedimentos descritos por Koudela (1992) e Spolin (2005) entre outros, nos preparamos tecnicamente, criamos cenas e as ensaiamos com vistas às apresentações públicas. 
Em 2010 trabalhamos para a formação do grupo e iniciamos o processo de montagem de Macunaíma. O primeiro capítulo do livro de Mário de Andrade, o texto inicial que apresenta nosso herói sem nenhum caráter, foi adaptado para a linguagem cênica e visual e apresentado em eventos na Universidade Federal da Paraíba. Com expedientes do Teatro de Bonecos, do Teatro de Sombras e do Teatro Físico, o trabalho resultou em um espetáculo original, um teatro calcado na visualidade e no desempenho do grupo. A pretensão para 2011 é a continuidade do trabalho em direção ao complemento da história proposta por Mário de Andrade e, sobretudo, o desenvolvimento de cenas limpas, belas e provocativas.


Osvaldo Anzolin

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ai, que preguiça!

Assisti a uma reportagem esta semana na televisão sobre a preguiça do início do ano. Tenho de concordar totalmente com a reportagem, pois sinto na pele os efeitos dessa preguiça nesses dias. O sol tem uma grande participação no efeito preguiçal, dá aquela molezazinha cruel, um banzo danado. Fora o fato de ter de pegar o ritmo novamente de trabalho, estudo e tudo o mais depois das festas de fim de ano, é difícil.

Lentamente, mui lentamente é que consigo dar uns passinhos para encaminhar a avalanche de atividades que há de vir agora em 2011. Afinal, mesmo não tendo chegado o Carnaval, o ano começou. Que chato!

Não consigo deixar de pensar em dois personagens que tem tudo a ver com minha (nossa) preguiça,: Garfield e Macunaíma. Eita, dois preguiçosos! Li uma frase de Garfiel uma vez (e nunca esqueci) foi  esta "Quando sinto uma louca vontade de trabalhar, paro e fico esperando a vontade passar", acho muito engraçada; já, meu íntimo Macu, não poderia dar outra é a famosa "Ai, que preguiça..." dita milhares de vezes no livro de Mário de Andrade, a obra  "Macunaíma".


Enquanto não tenho outras fontes de inspiração, ficarei aqui nesse ócio... Ai, que preguiça!

Por Jeane Araújo 
(encontrada também em http://devaneiosdenaneborges.blogspot.com/)