Boiúna Luna ensaiou, ensaiou, ensaiou
Tanto fez que no domingo a exaustão chegou
Segunda, mais uma vez, à tarde repassou
À noite, na Seciteac, sua estréia realizou
A família, os amigos, quem passava então parou
O espetáculo fez tremer, fez rir, fez arregalar
Olhos esbugalhados, firmes a acompanhar
Macunaíma nasceu em um chão que se fez palco
Fez sucesso entre mulheres e inveja a tantos machos
Filho retinto da noite nunca que passou um talco
Mesmo assim elas vão da colher até o tacho
Ninguém sabe, entretanto, o segredo do menino
Feio, retinto, pequeno, de um falo pequenino
Um boneco preguiçoso que no palco cria vida
Anda, chora, esperneia, não quer saber da lida
Dissimulado, chora quando há gente pra olhar
Quietinho, matando formiga só faz atrapalhar
Berra estridente quando quer brincar no mato
Sofará muito danada com ele mantém contato
Entretanto, meus amigos, um dia a casa cai
Surra Macunaíma que corre pra capoeira
O herói fica são na preguiça costumeira
Teve sonoplastia, teve luz e tremedeira
Palco não teve não, só tinha muita madeira
No chão a gente rolou porque não temos besteira
Ficamos satisfeitos, gostamos da brincadeira
Uma noite passou rápida e à Seciteac voltamos
Um painel muito bonito foi por nós apresentado
O ar não se renova, ficamos num imprensado
Mas, avaliador gostou e Boiúna foi convidado
Era a comunicação oral e sua repercussão
Do projeto explicado com detalhes e emoção
Do projeto explicado com detalhes e emoção
Concluímos no evento a nossa participação
Em mentes e corações uma necessidade sentida
Rever nossas ações de forma comprometida
Sistematizar as idéias e sempre replanejar
Pensar em nosso futuro para poder caminhar
Por Jeane Araújo sobre a participação do grupo Boiúna Luna na I Semana de Ciência, Tecnologia, Esporte, Arte e Cultura da UFPB