sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Boiúna Luna estréia na Seciteac



Boiúna Luna ensaiou, ensaiou, ensaiou
Tanto fez que no domingo a exaustão chegou
Segunda, mais uma vez, à tarde repassou
À noite, na Seciteac, sua estréia realizou



O público com cerca de 80 pessoas contou
A família, os amigos, quem passava então parou
O espetáculo fez tremer, fez rir, fez arregalar
Olhos esbugalhados, firmes a acompanhar


Macunaíma nasceu em um chão que se fez palco
Fez sucesso entre mulheres e inveja a tantos machos
Filho retinto da noite nunca que passou um talco
Mesmo assim elas vão da colher até o tacho



Ninguém sabe, entretanto, o segredo do menino
Feio, retinto, pequeno, de um falo pequenino
Um boneco preguiçoso que no palco cria vida
Anda, chora, esperneia, não quer saber da lida


Dissimulado, chora quando há gente pra olhar
Quietinho, matando formiga só faz atrapalhar
Berra estridente quando quer brincar no mato
Sofará muito danada com ele mantém contato



Entretanto, meus amigos, um dia a casa cai
Seu mano descobre tudo e não agüenta mais
Surra Macunaíma que corre pra capoeira
O herói fica são na preguiça costumeira



Teve sonoplastia, teve luz e tremedeira
Palco não teve não, só tinha muita madeira
No chão a gente rolou porque não temos besteira
Ficamos satisfeitos, gostamos da brincadeira



Uma noite passou rápida e à Seciteac voltamos
Um painel muito bonito foi por nós apresentado
O ar não se renova, ficamos num imprensado
Mas, avaliador gostou e Boiúna foi convidado

À tarde, novo convite para nova apresentação
Era a comunicação oral e sua repercussão
Do projeto explicado com detalhes e emoção
Concluímos no evento a nossa participação


Em mentes e corações uma necessidade sentida
Rever nossas ações de forma comprometida
Sistematizar as idéias e sempre replanejar
Pensar em nosso futuro para poder caminhar

Por Jeane Araújo sobre a participação do grupo Boiúna Luna na I Semana de Ciência, Tecnologia, Esporte, Arte e Cultura da UFPB